quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SEGUNDO AS ESCRITURAS

Por Lucas Veiga
luksveiga@live.com

Dia 31 de outubro está chegando, dia em que parte da Alemanha se mobiliza com o festival da Reforma Protestante onde refletem os atos dos reformados como Martinho Lutero, João Calvino, entre outros. É importante nós como cristãos protestantes, refletirmos também sobre como que a Igreja chegou até aqui, e se estamos mantendo nossa essência de sermos chamados cristãos e se o que estamos crendo hoje, está em comunhão com as Escrituras.

"Igreja reformada está sempre se reformando" essa frase foi mencionada no século XVI no sínodo de Dort. A igreja estava passando por algumas turbulências provocadas por heresias provinda do arminianismo, e a única ferramenta para provar se isso é uma verdade ou não, era colocando em prova as idéias de acordo com as Escrituras. Essa frase não veio para apresentar que devemos tirar o que é velho e colocarmos o moderno, tanto é que quando fazemos isso, firmamos a nossa vontade e não a divina (Rm 12:2). Sempre que a Igreja primitiva passava por algumas guerras ideológicas eles se reuniam para fazer o famoso Concilio, onde punham em distinção as heresias.

A mentalidade do homem sempre se “transforma” (pensam alguns como, “evolui”) de acordo com a sua vontade tirando as suas próprias conclusões, o que entra em crise com a concordância das Escrituras. Existe uma verdadeira essência no que diz ser tradicional em que a verdade imposta por reformadores desde os tempos da Era Medieval, como John Hus, e nós nesse presente século simplesmente descartamos e incluímos o pensamento pós-moderno.

Toda crença que veio desde os tempos dos apóstolos, que hoje dizemos ser incompreensíveis, como por exemplo, a Doutrina da Trindade, que muitos cristãos não sabem ao certo o que significa, “se Deus são três ou se os três são um” - como um aluno confuso me respondeu - e logo abrimos mão daquilo que foi deixado para nós, e largado todo empoeirado em cima da prateleira porque dizemos que é antiquado. Homens que passaram por perseguições, provaram da lâmina de uma espada, morreram nos desertos (Hb 11:32-40), tudo isso para chegar naquilo que nós dizemos ser tradicional demais para nós.

Devemos deixar de sermos ignorantes por nossa concepção e tornamos semelhantes em Cristo, e digo isso não apenas, como dizem alguns, em seus atos, mas, na essência de sermos verdadeiros em que cremos, e profundos nas Escrituras, e a adotarmos com um amor genuíno que faz com que o coração queime só em pensar nela, e perceber que as Palavras não estão apenas em um livro, mas em toda a Criação (Sl 19:1-9) e no cotidiano.
Concluímos então que devemos por em prova aquilo que ouvimos segundo as Escrituras, independente de que nos passou a informação, mesmo se afirmarem ser a verdade, e colocar Cristo no centro. Estudei em um seminário durante dois anos, e até hoje ponho em prova aquilo que me ensinaram, porque quero ensinar a verdade segundo a Palavra de Deus, e não segundo a minha vontade. Ser íntegro que o ensino não o torna careta ou tradicional litúrgico, mas o torna um cristão genuíno e isso é tudo, o resto Deus vai completar, busque os ensinos dados pelos nossos pais apostólicos. Aconselho voltar no tempo e ver os ensinos de antigos mestre como Agostinho, John Wesley, Martinho Lutero, e a cinco solas (muito interessante, leia e saiba a história), gostaria de dar um ponta pé inicial colocando o credo Niceno (mas antes veja a sua origem, e como foi formada):

“Creio em um Deus, Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim. E no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. Creio na Igreja una, universal e apostólica, reconheço um só batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos e da vida do mundo vindouro”.

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