quinta-feira, 5 de julho de 2012

Entendendo a prosperidade


A Bíblia diz que o crente é próspero, pois na sua casa há prosperidade e riqueza (Sl 112.3). Ele é próspero porque a bênção do Senhor enriquece e, com ela, ele não traz desgosto. O crente não é desamparado, nem a sua descendência vive a mendigar o pão
O dinheiro é importante, mas não é tudo (1Tm 6.10) 




O dinheiro é neutro em si mesmo. Ele pode ser uma bênção ou uma maldição. Tudo depende de como lidamos com ele. A raiz de todos os males não é o dinheiro, mas o amor a ele (1Tm 6.10). Aquele que está obcecado para ficar rico cai em muitas tentações e ciladas (1Tm 6.9). Quem busca a riqueza a qualquer preço, burlando as leis, orquestrando esquemas de corrupção, violentando o direito do fraco, arrebatando com violência os bens do pobre, fazendo-lhe amargar a alma, verá que sua riqueza se tornará em combustível para sua própria destruição (Tg 5.1-6). Jesus disse que o homem que pensou que seus bens poderiam satisfazer a sua alma era louco (Lc 12.16-21). O homem que viveu toda a sua vida no luxo, ostentando-se em regalados banquetes, insensível à misericórdia do seu próximo, conseguiu com o seu dinheiro apenas banquetes, amigos, festas e um rico funeral. O dinheiro não lhe propiciou felicidade eterna nem mesmo pôde atravessar com ele o estreito túnel da morte. Ele fechou os olhos neste mundo e os abriu no inferno de tormento eterno, onde não tinha sequer uma gota d’água para aliviar-lhe a sede perversa (Lc 16.19-23). O espírito do materialismo é loucura. O materialista olha para a vida sem a dimensão da eternidade. Ajunta tesouros apenas para esta vida, mas não é rico para com Deus. John Rockefeller diz: “O homem mais pobre que conheço é aquele que não tem nada mais do que dinheiro.”

 O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão (1Tm 6.10)

–Devemos possuir o dinheiro, e não sermos possuídos por ele. Devemos usar o dinheiro e não sermos usados por ele. O dinheiro precisa estar a nosso serviço e não nós a serviço dele. Se o dinheiro não for subjugado, ele se tornará um gigante, um patrão carrasco e cruel. Muitas pessoas estão sacrificando no altar de Mamom sua fidelidade a Deus, sua lealdade ao próximo e seus votos de amor à família. As pessoas matam, morrem, casam-se e divorciam por dinheiro. Dois terços de todas as lutas, brigas e processos judiciais no mundo originam-se de uma simples causa: dinheiro.
No universo existe Deus, pessoas e coisas. Nós devemos adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. Se adorarmos a nós mesmos, iremos ignorar Deus, amar as coisas e usar as pessoas. Vivemos numa sociedade globalizada. O dinheiro faz girar essa imensa máquina global. Poucos detêm o poder econômico, e estes monopolizam as riquezas e exploram as pessoas, mas o dinheiro não pode ser usado apenas para nosso deleite e conforto; deve ser usado também para socorrer o necessitado, pois mais bem-aventurado é dar do que receber (At 20.35). Quem se compadece do pobre, ao Senhor empresta (Pv 19.17). Deus ama a quem dá com alegria (2Co 9.7). O dinheiro é como uma semente: quanto mais semeamos, mais temos (2Co 9.10). O dinheiro é um mistério: temos o que distribuímos e perdemos o que retemos. A riqueza não é para ser acumulada com ganância, mas distribuída com generosidade. Devemos ser mordomos fiéis dos bens que Deus nos confiou, pois só assim o dinheiro deixará de ser patrão para ser servo.

O dinheiro não é sinal de segurança, mas um perigo para a alma (1Tm 6.17)

O dinheiro é importante, útil e necessário, mas não pode nos dar as coisas mais importantes da vida. O dinheiro pode comprar uma casa, mas não edificar um lar. Pode comprar conforto, mas não saúde. Pode granjear muitos amigos, mas não amizades sinceras. Pode abrir caminhos para aventuras, mas não pavimenta o caminho para o amor verdadeiro (Ct 8.7). Pode tornar uma pessoa famosa e importante na terra, mas não conhecida no céu. Pode comprar viagens caras para todos os países da terra, mas não pode adquirir a entrada no céu. Tolo é o rico que se gloria na sua riqueza. A riqueza sem Deus é um laço de perdição. A riqueza sem Deus é um estorvo para a salvação. A riqueza sem Deus traz em suas asas a dor, mais do que o prazer; a preocupação, mais do que o descanso; a ganância insaciável, mais do que o contentamento; a discórdia, mais do que o amor; a perdição eterna, em vez de a bem-aventurança eterna. O apóstolo Paulo escreve: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus…” (1Tm 6.17)

O dinheiro pode nos faltar, mas a graça de Deus jamais nos faltará (1Tm 6.6-8)

Podemos sobreviver sem dinheiro, mas não sem a graça de Deus. A graça de Deus é melhor do que a vida (Sl 63.3). Jó perdeu todos os seus bens e, mesmo mergulhado na pobreza extrema, glorificou a Deus, porque amava mais a Deus do que o dinheiro (Jó 1.20-22). O cristão vive pela fé, e não pelo que vê ou tem. Ele depende do Provedor e não da provisão. Ele depende de Deus, e não dos recursos que Deus provê. Para o cristão, o Deus das bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus. O nosso sustento vem de Deus, e não do dinheiro. É Deus quem nos dá a vida, a respiração e tudo o mais (At 17.25). Deus é quem nos dá a saúde, a inteligência, a capacidade de trabalhar e adquirir riquezas (Dt 8.18). Tudo que temos vem de Deus. Portanto, dependemos de Deus, e não das coisas de Deus. Assim, se o dinheiro nos faltar, temos Deus como o nosso provedor, e Ele promete nunca nos desamparar.

O apóstolo Paulo aprendeu a viver contente tanto na fartura como na pobreza (Fp 4.11). A piedade com contentamento é grande fonte de lucro (1Tm 6.6). A pobreza com Deus é melhor do que a riqueza sem Ele. Não importa se somos ricos ou pobres; se somos membros da família de Deus, somos muito ricos, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8.17). Nossa herança está no céu. Nosso tesouro está no céu, onde os ladrões não roubam nem a traça e a ferrugem corroem (Mt 6.19-21).

Nossa maior necessidade não é de dinheiro, mas de Deus. A falta de dinheiro não nos deve levar ao desespero, mas a uma experiência mais profunda com Deus. As provas nos são permitidas não para nos destruir, mas para nos colocar mais perto de Deus e exercitar a nossa fé. Quando as privações chegam, não devemos duvidar da bondade de Deus, mas procurar conhecer o Seu propósito. Asafe entrou em crise quando olhou para a prosperidade do ímpio (Sl 73.1-28). Enquanto ele era castigado e afligido, o ímpio vivia nababescamente e regaladamente. Ele quase resvalou os pés, pois chegou a penar que o ímpio estivesse em vantagem. O ímpio estava cercado de riqueza, saúde, amigos, luxo, e arrogância, enquanto ele era afligido e castigado a cada manhã. Mas o nevoeiro dúvida dissipou-se quando ele entrou na casa de Deus e atinou com o fim do ímpio. O futuro do ímpio é a destruição irremediável. A riqueza do ímpio não pode socorrê-lo no dia do juízo. Mas aquele que pertence a Deus, embora enfrente pobreza e aflições, tem uma riqueza eterna, que ninguém pode roubar.
Nos tempos de escassez, precisamos continuar crendo em Deus e nos alegrando nele. É fácil crer em Deus nos tempos de bonança. O desafio é continuar nos alegrando em Deus mesmo que a crise financeira nos entrincheire por todos os lados. Habacuque nos ensina a alegrarmo-nos em Deus na crise financeira. Ele Diz: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação.” (Hc 3.17-18)

O que fazer na hora da crise financeira? (Jó 1.21-22)
A crise financeira traz consequências imediatas para a família. Mudanças precisam ser feitas, adaptações precisam ser implementadas, regalias precisam ser cortadas e o supérfluo precisa ser removido do orçamento. Muitas pessoas entram em pânico quando as finanças começam a entrar em colapso. Outras ficam emocionalmente abaladas quando perdem o emprego. Há aqueles que veem a fé sendo roída quando a porta do emprego se recusa a abrir, a despeito de todas as tentativas. Muitas pessoas entregam-se a um processo destrutivo de desalento. Muitos chegam mesmo a naufragar quando as privações se tornam realidade. A mulher de Jó desesperou-se ao perder tudo e aconselhou seu marido a amaldiçoar a Deus, Jó se prostrou e adorou a Deus, entendendo que andar com Deus não é uma imunidade especial (Jó 1.20-21; 2.10). O que fazer, então, nessas horas?
Em tempo de crise, e o deserto floresceu e frutificou a cento por um. Isaque enriqueceu-se, enquanto todos a sua volta ficaram amargando fatídica pobreza (Gn 26.12-13). A crise é um tempo de oportunidade. Ele pode ser a porta da esperança, o caminho da vitória, a ponte para o triunfo. Não olhe apenas para as circunstâncias. Olhe para cima e para frente. Dependa totalmente de Deus e trabalhe com determinação. Ore a Deus e cave poços no deserto. Deus pode fazer você prosperar no deserto da crise. Ele pode fazer arrebentar rios no deserto. O seu deserto pode se transformar em fontes de águas abundantes, num campo engrinaldado de flores e num pomar de abundantes colheitas.

 ::Pr. Hernandes Dias Lopes


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